Por que a NVIDIA continua subindo mesmo quando todos dizem que está cara

Você já se perguntou por que a NVIDIA continua subindo mesmo quando todo mundo fala que ela está cara?

Deixa eu te contar um segredo que descobri em mais de 24 anos no mercado: existe uma força invisível que move os preços muito além do que os fundamentos explicam.

E a maioria dos investidores não faz ideia de como usar isso a seu favor.

Na verdade, eles fazem exatamente o oposto do que deveriam fazer.

Essa força se chama momentum.

E hoje vou te mostrar por que ela pode ser a diferença entre multiplicar seu patrimônio ou ver oportunidades históricas passarem na sua frente.

A força invisível que move trilhões

Pensa comigo: quando recomendei a NVIDIA em janeiro de 2021, ela já vinha numa trajetória de alta. Os fundamentos eram sólidos, mas havia algo mais.

Momentum é como uma corrente oceânica que carrega os ativos numa direção. Os melhores surfistas não lutam contra a onda - eles a identificam cedo e a surfam até o final.

Isso quebra completamente a hipótese dos mercados eficientes.

Segundo essa teoria, informações passadas não deveriam dar vantagem alguma. Mas a realidade é diferente.

A NVIDIA hoje vale mais que Berkshire Hathaway, Amazon e Meta juntas. Pela lógica puramente fundamentalista, eu preferiria ser dono dessas três empresas. Mas o momentum dela continua intacto.

Por quê? Porque existem forças psicológicas e institucionais que fazem os preços se moverem em tendências muito mais longas do que a teoria prevê.

Por que seu cérebro sabota seus investimentos

Vou te falar o que realmente acontece nos bastidores do mercado:

Os investidores institucionais (fundos, gestoras) são quem negocia momentum. Eles têm sistemas, disciplina e capital para seguir tendências.

Já os investidores individuais fazem o oposto.

Eles sofrem do que chamamos de "efeito disposição": vendem quando sobe um pouco (realizando lucro pequeno) e seguram quando cai (torcendo para recuperar).

É como o sapo na panela fervente.

Coloque um sapo numa panela com água fervente e ele pula fora na hora. Mas coloque-o numa panela com água morna e vá esquentando devagar... ele vai se adaptar até morrer cozido.

A mídia financeira funciona como combustível para essa fogueira. Quando uma empresa melhora seus resultados gradualmente, ninguém presta atenção.

São pequenas informações que passam despercebidas pela nossa "atenção limitada".

Mas quando a empresa já cresceu 500%, aí todo mundo fala sobre ela. Só que nessa hora, você já perdeu o bonde.

É por isso que o prêmio de momentum é mais forte nas empresas menores. As grandes têm muita gente olhando.

Qualquer informação se ajusta rapidamente no preço.

Nas pequenas, as boas notícias demoram para ser descobertas.

O casamento perfeito: valor + velocidade

Agora, esse aqui é o segredo que pode transformar a sua estratégia: combinar momentum com análise de valor.

Na Master Business, desenvolvemos uma metodologia chamada "Carteira Black" que faz exatamente isso. Olha só os números:

De 2010 a 2024:

• Carteira apenas com fator valor: R$ 100 mil viraram R$ 538 mil (retorno de 12,78% ao ano)
  

• Carteira combinando valor + momentum: R$ 100 mil viraram R$ 1.524 mil (retorno de 21,48% ao ano)

Mais impressionante ainda: a carteira combinada teve drawdown máximo de apenas 19,98%, enquanto a de valor puro chegou a 36,9% de queda.

Como funciona na prática?

1. Primeiro, filtramos empresas lucrativas dos últimos 5 anos
   

2. Focamos em small caps (até R$ 10 bilhões de valor de mercado)
   

3. Identificamos as mais baratas pelo múltiplo Enterprise Value/EBIT
   

4. Aqui vem o diferencial: pegamos essas empresas baratas e escolhemos quais tiveram melhor performance nos últimos 12 meses

As armadilhas que destroem fortunas

Mas cuidado. Momentum não é brinquedo na mão de amador.

Existem os "momentum crashes" - momentos em que tudo que subia despenca de uma vez.

Historicamente, os mais violentos foram em julho-agosto de 1932 e março-maio de 2009.

O que acontece? Após quedas brutais do mercado, vem um "rally" violento. 

As ações que mais caíram (high beta) explodem para cima. As que vinham subindo (low beta) ficam para trás.

Em março-maio de 2009, as carteiras "perdedoras" de 12 meses subiram 232%, enquanto as "vencedoras" subiram apenas 32%.

Como se proteger?

Com ajuste dinâmico de exposição e, para quem tem conhecimento, usando opções para proteção.

Quando você vê sinais de momentum crash, pode comprar calls nas ações de alto beta como hedge.

Mas isso exige experiência e sangue frio.

Não é para quem está começando.

Por exemplo, uma estratégia de trend following operado desde 2014 gerou esses dados reais: 4.480% de retorno com apenas 14,56% de drawdown máximo. Taxa de acerto de 43%, mas média de ganho de 12,6% contra média de perda de 5,21%.

O que isso significa para você

Olha, não vou mentir. Essa não é uma estratégia para todo mundo.

Momentum exige:

• Disciplina para seguir sinais mesmo quando não "faz sentido"

• Capital suficiente para diversificar adequadamente

• Experiência para reconhecer quando a maré está mudando

• Estrutura emocional para aguentar volatilidade temporária

A combinação de análise fundamentalista com momentum não é modinha de YouTube. São décadas de pesquisa acadêmica aplicada por gestoras institucionais do mundo todo.

A diferença é que agora você tem acesso a esse conhecimento também.

Pensa comigo: enquanto seu vizinho ainda está tentando descobrir se deve comprar Petrobras "porque está barata", você já está surfando as ondas que realmente importam.

O mercado sempre vai recompensar quem entende suas forças ocultas.

E momentum é uma das mais poderosas.

Enquanto a maioria dos investidores luta para entender por que perderam dinheiro comprando na alta, você já estará surfando a próxima onda antes dela quebrar.

É só o começo,

Tio Huli

Analista CNPI e Mestre em Finanças Comportamentais
Maior analista independente do Brasil com mais de 24 anos de experiência
Mentor de Independência Financeira

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• Escrita por: Tio Huli, Analista CNPI e Mestre em Finanças comportamentais. Maior analista independente do Brasil com mais de 100MM em ativos financeiros.

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